Poemas de Cláudio Manoel da Costa

Cláudio Manuel da Costa (1729-1789)
foi um poeta do Brasil colônia.
Data do Nascimento: 05/06/1729
Data da Morte: 04/07/1789
Morreu aos 60 anos
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EPICÉDIO

A MORTE DE SALÍCIO

EPICÉDIO II

Espírito imortal, tu que rasgando
Essa esfera de luzes, vais pisando 
Do fresco Elísio a região bendita, 
Se nesses campos, onde a glória habita, 
Centro do gosto, do prazer estância, 
Entrada se permite à mortal ânsia 
De uma dor, de um suspiro descontente, 
Se lá relíquia alguma se consente 
Desta cansada, humana desventura, 
Não te ofendas, que a vítima tão pura, 
Que em meus ternos soluços te ofereço, 
Busque seguir-te, por lograr o preço 
Daquela fé, que há muito consagrada 
Nas aras da amizade foi jurada.

Bem sabes, que o suavíssimo perfume,
Que arder pode do amor no casto lume,
Os suores não são deste terreno,
Que odorífero sempre, e sempre ameno,
Em coalhadas porções Chipre desata: 
Mais que os tesouros, que feliz recata
A arábica região, amor estima 
Os incensos, que a fé, que a dor anima,
Abrasados no fogo da lembrança.
Esta pois a discreta segurança,
Com que chega meu peito saudoso,
A acompanhar teu passo venturoso,

Oh sempre suspirado, sempre belo, 
Espírito feliz: a meu desvelo 
Não negues, eu te rogo, que constante 
Viva a teu lado sombra vigilante.

Inda que estejas de esplendor cercada, 
Alma feliz, na lúcida morada, 
Que na pompa dos raios luminosa 
Pises aquela esfera venturosa, 
Que a teu merecimento o Céu destina; 
Nada impede, que a chama peregrina 
De uma saudade aflita, e descontente, 
Te assista acompanhando juntamente. 
Antes razão será, que debuxada 
Em meu tormento aquela flor prostrada, 
Sol em teus resplendores te eternizes, 
E Clície em minha mágoa me divises; 
Entre raios crescendo, entre lamentos, 
Em mim a dor, em ti os luzimentos.

Se porém a infestar da Elísia esfera 
A contínua, brilhante primavera 
Chegar só pode o lastimoso rosto 
Deste meu triste, fúnebre desgosto, 
Eu desisto do empenho, em que deliro; 
E as asas encurtando a meu suspiro, 
Já não consinto, que seu vôo ardente 
A acompanhar-te suba diligente: 
Antes no mesmo horror, na sombra escura 
Da minha inconsolável desventura 
Eu quero lastimar meu fado tanto, 
Que sufocado em urnas de meu pranto, 
A tão funesto, líquido dispêndio, 
A chama apague deste ardente incêndio.

Indigno sacrifício de uma pena,
Que chega a perturbar a paz serena
De umas almas, que em campos de alegria
Gozam perpétua luz, perpétuo dia;
Que adorando a concórdia, desconhecem
Os sustos, que da inveja os braços tecem; 
Que ignoram o rigor do frio inverno; 
E que em brando concerto, em jogo alterno 
Gozam toda a suavíssima carreira 
De uma sorte risonha, e lisonjeira.

Ali, entre os favônios mais suaves,
A consonância ofenderei das aves,
Que arrebatando alegres os ouvidos,
Discorrem entre os círculos luzidos
De toda a vegetante, amena estância.
Ali pois as memórias de minha ânsia
Não entrarão, Salício: que não quero
Ser contigo tão bárbaro, e tão fero,
Que um bem, em cuja posse estás ditoso,
Triste magoe, infeste lastimoso. 

Cá vivera comigo a minha pena, 
Penhor inextinguível, que me ordena 
A sempre viva, e imortal lembrança. 
Ela me está propondo na vingança 
De meu fado inflexível, ó Salício, 
Aquele infausto, trágico exercício, 
Que os humanos progressos acompanha. 
Quem cuidara, que fosse tão estranha, 
Tão pérfida, tão ímpia a força sua, 
Que maltratar pudesse a idade tua, 
Adornada não só daquele raio, 
Que anima a flor, que se produz em maio; 
Mas inda de frutíferos abonos, 
Que antecipa a cultura dos outonos!

Cinco lustros o Sol tinha dourado
(Breves lustros enfim, Salício amado),
Quando o fio dos anos encolhendo,
Foi Átropos a teia desfazendo:
Um golpe, e outro golpe preparava:
Para empregá-lo a força lhe faltava;
Que mil vezes a mão, ou de respeito,
De mágoa, ou de temor, não pôs o efeito.
Desatou finalmente o peregrino

Fio, que já tecera. Ah se ao destino 
Pudera embaraçar nossa piedade! 
Não te glories, trágica deidade, 
De um triunfo, que levas tão precioso: 
Desar é de teu braço indecoroso; 
Que inda que a fúria tua o tem roubado, 
A nossa dor o guarda restaurado.

Vive entre nós ainda na memória, 
A que ele nos deixou, eterna glória; 
Dispêndios preciosos de um engenho, 
Ou já da natureza desempenho, 
Ou para a nossa dor só concedido. 
Salício, o pastor nosso, tão querido, 
Prodígio foi no raro do talento, 
Sobre todo o mortal merecimento; 
E prodígio também com ele agora 
Se faz a mágoa, que o lastima e chora.

A lutuosa vítima do pranto 
Melhor, que o imarcescível amaranto, 
Te cerca, ó alma grande, a urna triste; 
O nosso sentimento aqui te assiste, 
Em nênias entoando magoadas 
Hinos saudosos, e canções pesadas.

Quiséramos na campa, que te cobre, 
Bem que o tormento ainda mais se dobre, 
Gravar um epitáfio, que declare, 
Quem o túmulo esconde; e bem que apare 
Qualquer engenho a pena, em nada atina. 
Vive outra vez: das cinzas da ruína 
Ressuscita, ó Salício; dita; escreve; 
Seja o epitáfio teu: a cifra breve 
Mostrará no discreto, e no polido, 
Que é Salício, o que aqui vive escondido.
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GALATÉIA

CANTATA III

Galatéia, Acis.

Ácis. Galatéia adorada, 
Mais cândida e mais bela, 
Que a neve congelada, 
Que a clara luz da matutina estrela; 
Mais, do que o Sol, formosa; 
Não digo lírio já, não digo rosa.

Gal. Ácis idolatrado, 
Pastor mais peregrino, 
Que quanto ostenta o prado, 
Quanto banha d'Aurora o humor divino; 
Pois junto às tuas cores 
Não tem o prado cor, não têm as flores.

Ácis. Ácis é, quem saudoso 
Corre desta ribeira 
Todo o campo espaçoso, 
Buscando, ó bela Ninfa, a lisonjeira, 
Doce vista, que tanto 
De Amor ateia o suspirado encanto.

Gal. Desde o azul império, 
Que rege o áureo Tridente, 
Por todo este hemisfério, 
Galatéia te busca impaciente; 
E amante nos seus braços 
Te prepara de amor gostosos laços.

Ácis. Vem ouvir-me um instante; 
Que em mim tudo é ternura. 
Do bárbaro Gigante 
Não temas, não a pálida figura: 
Que o tem seu triste fado, 
Tanto como infeliz, desenganado.

Vem, ó Ninfa ditosa, 
Vem, vem; 
Que em ti Amor guarda 
Todo o meu bem.

Gal. Oh! Firam teus ouvidos 
Meus saudosos clamores; 
Mereçam meus gemidos 
Mover a sem-razão dos teus rigores; 
Já que tão docemente 
Sempre ao meu coração estás presente.

Vem, ó Pastor querido, 
Vem, vem; 
Que em ti Amor guarda 

Todo o meu bem.
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ROMANCES

L I S E

ROMANCE I

Pescadores do Mondego, 
Que girais por essa praia, 
Se vós enganais o peixe, 
Também Lise vos engana.

Vós ambos sois pescadores; 
Mas com diferença tanta, 
Vós ao peixe armais com redes, 
Ela co'olhos vos arma.

Vós rompeis o mar undoso: 
Para assegurar a caça; 
Ela aqui no porto espera, 
Para lograr a filada.

Vós dissimulais o enredo, 
Fingindo no anzol a traça; 
Ela vos expõe patentes 
As redes, com que vos mata.

Vós perdeis a noite, e dia 
Em contínua vigilância; 
Ela em um só breve instante 
Consegue a presa mais alta.

Guardai-vos, pois, pescadores, 
Dos olhos dessa tirana; 
Que para troféus de Lise 
Despojos de Alcemo bastam.

Enquanto as ondas ligeiras 
Desta corrente tão clara 
Inundarem mansamente 
Estes álamos, que banham;

Eu espero, que a memória 
O conserve nestas águas, 
Por padrão dos desenganos, 
Por triunfo de uma ingrata.

E na frondosa ribeira 
Deste rio, triste a alma 
Girará sempre avisando, 

Quem lhe soube ser tão falsa.
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ANTANDRA

ROMANCE II

Pastora do branco arminho, 
Não me sejas tão ingrata: 
Que quem veste de inocente, 
Não se emprega em matar almas.

Deixa o gado, que conduzes; 
Não o guies à montanha: 
Porque em poder de uma fera, 
Não pode haver segurança.

Mas ah! Que o teu privilégio, 
É louco, quem não repara: 
Pois suavizando o martírio, 
Obrigas mais, do que matas.

Eu fugirei; eu, pastora, 
Tomarei somente as armas; 
E hão de conspirar comigo 
Todo o campo, toda a praia.

Tenras ovelhas, 
Fugi de Antandra; 
Que é flor fingida, 

Que áspides cria, que venenos guarda.
FÁBULA

FÁBULA DO RIBEIRÃO DO CARMO

SONÊTO

A vós, canoras ninfas, que no amado 
Berço viveis do plácido Mondego, 
Que sois da minha lira doce emprego, 
Inda quando de vós mais apartado;

A vós do pátrio rio em vão cantado
O sucesso infeliz eu vos entrego;
E a vítima estrangeira, com que chego,
Em seus braços acolha o vosso agrado. 

Vêde a história infeliz, que Amor ordena, 
Jamais de fauno ou de pastor ouvida, 
Jamais cantada na silvestre avena.

Se ela vos desagrada, por sentida, 
Sabei, que outra mais feia em minha pena 
Se vê entre estas serras escondida.

Aonde levantado Gigante, a quem tocara, 
Por decreto fatal de Jove irado, 
A parte extrema, e rara 
Desta inculta região, vive Itamonte, 
Parto da terra, transformado em monte;

De uma penha, que esposa
Foi do invicto Gigante,
Apagando Lucina a luminosa, 
A lâmpada brilhante, 
Nasci; tendo em meu mal logo tão dura, 
Como em meu nascimento, a desventura.

Fui da florente idade 
Pela cândida estrada 
Os pés movendo com gentil vaidade; 
E a pompa imaginada 
De toda a minha glória num só dia 
Trocou de meu destino a aleivosia.

Pela floresta, e prado 
Bem polido mancebo, 
Girava em meu poder tão confiado, 
Que até do mesmo Febo 
Imaginava o trono peregrino 
Ajoelhado aos pés do meu destino.

Não ficou tronco, ou penha, 
Que não desse tributo 
A meu braço feliz; que já desdenha,
Despótico, absoluto, 
As tenras flores, as mimosas plantas, 
Em rendimentos mil, em glórias tantas. 

Mas ah! Que Amor tirano 
No tempo, em que a alegria 
Se aproveitava mais do meu engano; 
Por aleivosa via Introduziu cruel a desventura, 
Que houve de ser mortal, por não ter cura.

Vizinho ao berço caro, 
Aonde a pátria tive, 
Vivia Eulina, esse prodígio raro, 
Que não sei, se ainda vive, 
Para brasão eterno da beleza, 
Para injúria fatal da natureza.

Era Eulina de Aucolo 
A mais prezada filha; 
Aucolo tão feliz, que o mesmo 
Apolo Se lhe prostra, se humilha 
Na cópia da riqueza florescente, 
Destro na lira, no cantar ciente.

De seus primeiros anos 
Na beleza nativa, 
Humilde Aucolo, em ritos não profanos, 
A bela ninfa esquiva 
Em voto ao sacro Apolo consagrara; 
E dele em prêmio tantos dons herdara.

Três lustros, todos d'ouro,
A gentil formosura,
Vinha tocando apenas, quando o louro,
Brilhante Deus procura
Acreditar do pai o culto atento,
Na grata aceitação do rendimento. 

Mais formosa de Eulina 
Respirava a beleza; 
De ouro a madeixa rica, e peregrina 
Dos corações faz presa; 
A cândida porção da neve bela 
Entre as rosadas faces se congela.

Mas inda, que a ventura 
Lhe foi tão generosa, 
Permite o meu destino, que uma dura, 
Condição rigorosa 
Ou mais aumente enfim, ou mais ateie 
Tanto esplendor; para que mais me enleie.

Não sabe o culto ardente
De tantos sacrifícios
Abrandar o seu nume: a dor veemente,
Tecendo precipícios, 
Já quase me chegava a extremo tanto, 
Que o menor mal era o mortal quebranto.

Vendo inútil o empenho
De render-lhe a fereza,
Busquei na minha indústria o meu despenho: 
Com ingrata destreza
Fiei de um roubo (oh mísero delito!)
A ventura de um bem, que era infinito.

Sabia eu, como tinha Eulina por costume,
(Quando o maior planeta quase vinha 
Já desmaiando o lume, 
Para dourar de luz outro horizonte) 
Banhar-se nas correntes de uma fonte.

A fugir destinado 
Com o furto precioso, 
Desde a pátria, onde tive o berço amado; 
Recolhi numeroso 
Tesouro, que roubara diligente 
A meu pai, que de nada era ciente.

Assim pois prevenido 
De um bosque à fonte perto, 
Esperava o portento apetecido 
Da ninfa; e descoberto 
Me foi apenas, quando (oh dura empresa!) 
Chego; abraço a mais rara gentileza.

Quis gritar; oprimida
A voz entre a garganta
Apolo? diz, Apol... a voz partida
Lhe nega forca tanta:
Mas ah! Eu não sei como, de repente
Densa nuvem me põe do bem ausente. 

Inutilmente ao vento 
Vou estendendo os braços: 
Buscar nas sombras o meu bem intento: 
Onde a meus ternos laços. . . ! 
Onte te escondes, digo, amada Eulina? 
Quem tanto estrago contra mim fulmina?

Mas ia por diante;
Quando entre a nuvem densa
Aparecendo o corpo mais brilhante,
Eu vejo (oh dor imensa!)
Passar a bela ninfa, já roubada
Do Númen, a quem fora consagrada. 

Em seus braços a tinha 
O louro Apolo presa; 
E já ludíbrio da fadiga minha, 
Por amorosa empresa, 
Era despojo da deidade ingrata 
O bem, que de meus olhos me arrebata.

Então já da paciência 
As rédeas desatadas, 
Toco de meus delírios a inclemência: 
E de todo apagadas 
Do acerto as luzes, busco a morte ímpia, 
De um agudo punhal na ponta fria.

As entranhas rasgando, 
E sobre mim caindo, 
Na funesta lembrança soluçando, 
De todo confundindo 
Vou a verde campina; e quase exangue 
Entro a banhar as flores de meu sangue.

Inda não satisfeito 
O Númen soberano, 
Quer vingar ultrajado o seu respeito; 
Permitindo em meu dano.
Que em pequena corrente convertido 
Corra por estes campos estendido.

E para que a lembrança 
De minha desventura 
Triunfe sabre a trágica mudança 
Dos anos, sempre pura, 
Do sangue, que exalei, ó bela Eulina, 
A cor inda conservo peregrina.

Porém o ódio triste 
De Apolo mais se acende; 
E sobre o mesmo estrago, que me assiste, 
Maior ruína empreende: 
Que chegando a ser ímpia uma deidade, 
Excede toda a humana crueldade.

Por mais desgraça minha, 
Dos tesouros preciosos 
Chegou notícia, que eu roubado tinha, 
Aos homens ambiciosos; 
E crendo em mim riquezas tão estranhas, 
Me estão rasgando as míseras entranhas.

Polido o ferro duro 
Na abrasadora chama 
Sobre os meus ombros bate tão seguro, 
Quem nem a dor, que clama, 
Nem o estéril desvelo da porfia 
Desengana a ambiciosa tirania.

Ah mortais! Até quando
Vos cega o pensamento!
Que máquinas estais edificando
Sobre tão louco intento?
Como nem inda no seu reino imundo
Vive seguro o Báratro profundo! 


Idolatrando a ruína 
Lá penetrais o centro, 
Que Apolo não banhou, nem viu Lucina; 
E das entranhas dentro 
Da profanada terra, 
Buscais o desconcerto, a fúria, a guerra.

Que exemplos vos não dita 
Do ambicioso empenho 
De Polidoro a mísera desdita! 
Que perigo o lenho, 
Que entregastes primeiro ao mar salgado, 
Que desenganos vos não tem custado!

Enfim sem esperança, 
Que alívio me permita, 
Aqui chorando estou minha mudança; 
E a enganadora dita, 
Para que eu viva sempre descontente, 
Na muda fantasia está presente.

Um murmurar sonoro 
Apenas se me escuta; 
Que até das mesmas lágrimas, que choro, 
A Deidade Absoluta 
Não consente ao clamor, se esforce tanto, 
Que mova à compaixão meu terno pranto.

Daqui vou descobrindo 
A fábrica eminente 
De uma grande cidade; aqui polindo 
A desgrenhada frente, 
Maior espaço ocupo dilatado, 
Por dar mais desafogo a meu cuidado.

Competir não pretendo 
Contigo, ó cristalino 
Tejo, que mansamente vais correndo:
Meu ingrato destino
Me nega a prateada majestade,
Que os muros banha da maior cidade. 
As ninfas generosas,
Que em tuas praias giram, 
Ó plácido Mondego, rigorosas
De ouvir-me se retiram;
Que de sangue a corrente turva, e feia
Teme Ericina, Aglaura, e Deiopéia. 

Não se escuta a harmonia 
Da temperada avena 
Nas margens minhas; que a fatal porfia 
Da humana sede ordena, 
Se atenda apenas o ruído horrendo 
Do tosco ferro, que me vai rompendo.

Porém se Apolo ingrato 
Foi causa deste enleio, 
Que muito, que da Musa o belo trato 
Se ausente de meu seio, 
Se o deus, que o temperado coro tece, 
Me foge, me castiga, e me aborrece!

Enfim sou, qual te digo,
O Ribeirão prezado,
De meus engenhos a fortuna sigo;
Comigo sepultado
Eu choro o meu despenho; eles sem cura 
Choram também a sua desventura.

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