Teu corpo é branquinho como a polpa do ingá maduro!Teu seio é macio como a polpa do ingá maduro!- E há doçura de grã-fina no teu beijo, que é todo ingá…- E há doçura de grã-fina no teu beijo, que é todo ingá…Por isso mesmo,Minha Maria,Eu, como a abelhado aripuápra quem doçuraé sempre pouca,só que quero o favode tua boca…Há veludos de imbaúba nessas redes de teus olhos,que convidam, preguiçosas, a gente para o descanso,um descanso à beira-rio como a ingazeira nos dá…- Um descanso à beira-rio como a ingazeira nos dá!Por isso mesmo,minha Maria,de noite e dianessa corridatriste de ganso,para descansoe gozos meus,só quero a rededos olhos teus!Só quero a rede macia dos teus olhos!Só quero a doçura de grã-fina do teu beijo…!Só quero a macieza do teu corpo da cor do ingá…E na rede eu me deito,cochilo e descanso,tenho um sono mansoque me faz sonhar…Sonho que és ingáde doçura louca,que na mina bocavem se desmanchar,que na minha bocavem se desmanchar…(Cana Caiana, id.)Ascenso Ferreira