Frases e pensamentos de João Ubaldo Ribeiro

"Não estou preocupado em conhecer os novos autores, esses que vão surgindo agora. Já li muito no passado, está bom." 
"Quanto mais coroa fico, mais vou sentindo frio."


"Um romance são tantos romances quantos forem seus leitores."

"Duvido muito que um sujeito leia um livro cheio de hiperlinks. Não acredito na praticidade dessa mecânica do computador."


"Não sou muito otimista quanto à humanidade. Somos uma especiezinha muito criticável. Somos todos uma contradição imensa. Nossa ruindade animalesca prevalece, apesar da racionalidade."

 
"O romance, se a gente deixar, abandonar, na volta desanda, perde-se o livro. Quem me ensinou essa expressão foi o Rubem Fonseca, que é muito amigo meu. E ele tem toda razão."

 
"No mundo todo, os poetas são geralmente professores universitários, bibliotecários, enfim, exercem outras profissões porque a poesia não costuma dar camisa a ninguém."


"Enquanto estamos aqui convivendo pacificamente agora, tem alguém estrangulando alguém. Vivemos fazendo esse tipo de coisa e não aprendemos nada. No curso na história humana, continuamos a repetir as mesmas atrocidades, muitas delas de maneira mais refinada."


A literatura nunca vai perder sua força. O leitor não pode assumir a passividade que assume assistindo a um filme, vendo TV ou até ouvindo música.


“Não me considero um homem de letras. Encaro com enorme tédio essa tal de literatura.”


“Em tese, somos capazes de nos apaixonar por tantas pessoas quantas sejamos capazes de lembrar, o limite é este, não um ou dois, ou três, ou quatro, ou cinco, ou dezessete, todos esses números são arbitrários, tirânicos e opressores.”


“A arte é uma forma de conhecimento.”


“Um romance são tantos romances quantos forem seus leitores.”


“Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo.”


"Na verdade, não há receita. Existe um quê de imponderável, de sorte. Mas isso talvez seja necessário a outras carreiras também. E à vida."


"Fui criado numa casa cheia de livros e com um pai bastante rigoroso. A arte é uma forma de conhecimento, tem que se buscar isso " 
"Acho que esses recuros serão usados para destruir o próximo de alguma forma, seja lá quem for o próximo. Provavelmente alguém que não seja o detentor desse conhecimento. Hoje já acredito que estão sendo feitas coisas em sigilo que são de arrepiar o couro "


"O governo é de uma extraordinária incompetência. Não conseguiu formular nenhum projeto, nenhuma visão nacional."

 
"Enquanto estamos aqui convivendo pacificamente agora, tem alguém estrangulando alguém. Vivemos fazendo esse tipo de coisa e não aprendemos nada. No curso na história humana, continuamos a repetir as mesmas atrocidades, muitas delas de maneira mais refinada"


"O computador afetou, com certeza, o estilo de quem se mudou para ele. Ainda prefiro ter 30 livros abertos à minha vontade para uma pesquisa do que ter todos esses mesmos livros num só eBook para consulta. Não é nada prático."


"Não sei como esses livros venderam tanto, não faço ideia, as coisas não acontecem repentinamente."


"Duvido muito que um sujeito leia um livro cheio de hiperlinks. Não acredito na praticidade dessa mecânica do computador. Ainda que eu tenha começado a usar o computador nos seus primórdios."


"“Viva o povo brasileiro” é um livro considerado difícil. Não acho tanto assim, mas talvez, pelas circunstâncias do Brasil, seja um livro difícil."


"O computador deixa o inteligente mais burro, porém não deixa o mais burro mais inteligente."


"Quando digo que escrevo por dinheiro, em primeiro lugar, estou seguindo uma tradição e uma norma. Norma não, mas um exemplo, digamos assim, muito dignificante, porque foi assim que viveu Charles Dickens, foi assim que viveu Honoré de Balzac, foi assim que viveu Walter Scott. As pessoas acham que encomenda é uma coisa aviltante, quando, na verdade, a encomenda é regra." 
"Quis escrever um livro grosso. Este foi meu objetivo principal. Isso porque tive que ouvir do meu antigo editor Pedro Paulo de Sena Madureira que escrtior brasileiro só sabia escrever livro fino, que pudesse ser lido durante uma viagem de avião. Quis fazer um romance bem extenso, caprichado e grosso. Escrevi para esfregar na cara dele. Coisa que efetivamente fiz."


"Como se algum político, com exceção de meia dúzia de três ou quatro, representasse alguém, a não ser a si mesmo, a família e aderentes."


"Jogar ovos, tomates e tortas na cara de autoridades e pomposos variados é comportamento relativamente comum nas democracias mais consolidadas, com exceção da americana, onde o pessoal prefere dar tiro mesmo" 


"Eu vejo essa ideia com profunda desconfiança e muito desagrado. Em minha opinião, ela representa um esforço para dividir este país, pela primeira vez, em linhas raciais."

 
"Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo."



"Freios são necessários para nosso equilíbrio."


"O brasileiro é tão subserviente que, quando alguém critica Lula chamando-o, por exemplo, de ignorante – o que não é uma difamação, é uma verdade –, diz-se que o presidente está sendo desrespeitado."

 
"Não se lê porque não se gosta de ler, porque dá trabalho. Ler é chato porque a pessoa não aprendeu a ler. Ela aprendeu a ficar na frente da TV onde tudo é fornecido" 
"Não chego ao ponto de dizer que a alegria da velhice é poder peidar em público, mas é algo deste jaez, talvez menos escatológico.
"Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo."


"Em tese, somos capazes de nos apaixonar por tantas pessoas quantas sejamos capazes de lembrar, o limite é este, não um ou dois, ou três, ou quatro, ou cinco, ou dezessete, todos esses números são arbitrários, tirânicos e opressores."


Sobre receber o Prêmio Camões: "Para ser sincero, não acho nada demais. Acho que eu ganhei porque eu mereço."


"Desde pequeno, adoro ler dicionário. Eu não existo sem o Houaiss, o Aurélio e o Sacconi, todos instalados no computador."


"O papo literário a que eu me refiro não é o papo com escritor, é papo com amador. Não que eu tenha algo contra, evidentemente que não, mas essa chatice raramente ocorre com profissionais."


"Nos anos cinquenta, literatura realista era literatura pornô. Jorge Amado sabia bem o que era ser chamado assim."


"Meu anjo da guarda me segurou. Ele chama Pepe. Não devia divulgar, na Bahia não se revela o nome do anjo da guarda." 
"Tenho certeza de que, se preciso, consigo escrever em primeira pessoa o relato de um parto normal. Já me perguntaram como eu consegui escrever um relacionamento homossexual [no livro "O Sorriso do Lagarto"]. Brinco dizendo que treinei com os amigos "


"O mais incrível é que não sinto a mínima vontade de beber. Eu poderia dizer que tenho uma imensa força de vontade, mas não seria verdade. Eu não faço esforço nenhum."

 
"Eu sou uma pessoa totalmente destituída de rabo preso. Nunca roubei ninguém, não tenho antecedentes criminais, nunca fui dedo-duro, é difícil desencavar em meu passado algo mais grave do que ter enganado uma namorada, e assim mesmo muito eventualmente."

 
"Um romance são tantos romances quantos forem seus leitores"


"Os efeitos técnicos de todas essas novas tecnologias ainda são recentes para se discutir de forma geral o impacto na literatura"


"Na verdade, não há receita. Existe um quê de imponderável, de sorte. Mas isso talvez seja necessário a outras carreiras também. E à vida"


"Recebo praticamente um convite por dia para participar de festas literárias. A última que recebi foi de uma cidadezinha perto da minha terra, Itaparica, no interior da Bahia. Não tenho nada contra essas festas, tenho contra minha participação nelas."


"Apesar de manejar bem a técnica, continuo escrevendo com dificuldade. Ainda mais com computador, que torna o trabalho mais lento. Com a facilidade de mexer no texto a gente acaba fazendo mais mudanças do que deveria."




'Vivo dentro de casa, não gosto de sair, estou casado há 30 e poucos anos, eu e minha mulher nos damos muito bem, conversamos muito, batemos papo, e aí não posso mais ser chamado de boêmio."



"Pertenço a um país onde a gente se sente o máximo porque conseguiu puxar a tevê a cabo do vizinho, onde a gente frauda a declaração de imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos." 


"Só falta agora alguém dizer que os batedores de carteira franceses são melhores do que os batedores de carteira brasileiros. É a velha fracassomania." 
"Uma das características da esquerda é, e sempre foi, a de acreditar que o homem é perfectível, pode ser aperfeiçoado. Que o homem não é ruim por natureza, que é possível que socialmente ele possa viver de maneira harmônica, estável. A direita, por sua vez, é ruim mesmo. Faz com que o homem só pense em si, defenda seu interesse, por mais mesquinho que seja, acima de qualquer outra coisa. Essa é a verdadeira lei do mundo: primeiro o meu, o resto que se dane." 


"Não se pode interromper um romance, senão desanda. E perder o livro acontece muito, não só comigo. Você larga o livro três dias e quando volta não encontra mais os personagens, perde o contato."


"Nós vivemos num ambiente de lassitude moral que se estende a todas as camadas da sociedade. Esse negócio de dizer que as elites são corruptas mas o povo é honesto é conversa fiada. Nós somos um povo de comportamento desonesto de maneira geral, ou pelo menos um comportamento pouco recomendável."


"Não me considero um homem de letras. Encaro com enorme tédio essa tal de literatura."


"A arte é uma forma de conhecimento."


"Quem peca é aquele que não faz o que foi criado para fazer."


"Faço tudo que me dá na cabeça, não quero saber de limitações. Eu não pequei contra a luxúria. Quem peca é aquele que não faz o que foi criado para fazer."


"Ninguém pode dizer que nunca mais vai fazer nada, mas estou sem beber. Adotei o lema dos Alcoólicos Anônimos: "Não vou beber só por hoje". É uma meta realista e mais fácil de cumprir diariamente. Me sinto mais lúcido e bem disposto sem a bebida."

 
"Não podemos fazer muito quanto à extensão de nossa vida, mas podemos fazer muitos sobre a largura e a profundidade dela."  
"Como muitos escritores, eu escrevo por dinheiro. Eu sempre admirei quem vive do prazer de escrever, mas o fato de escrever por dinheiro não quer dizer que eu não tenha talento ou que a obra seja ruim."

 

"Nós aprendemos a ser apáticos, dominados e a ter pouco senso de comunidade, ou seja, pouco senso de interesse coletivo. Nós temos uma formação que eu não sei de que buraco saiu, não tenho vontade de fazer grandes análises, mas temos uma tradição, até hoje presente, com pequenas variações, aqui e ali, de individualismo."
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